terça-feira, 31 de março de 2009

A falta.

Às vezes sinto um certo aperto no peito como se me faltasse algo em mim. Uma palavra que não foi dita, uma palavra que nunca existiu. Um gesto eu nunca foi feito, um toque que nunca foi dado. Um ‘’bom dia’’ que não me disseram, um abraço que ninguém deu quando era preciso. Uma música que ninguém soube o refrão, uma piada que ninguém riu, ou um buraco negro no meio do nada... Sempre fica o vazio, o nada, a falta de uma coisa que nem ao mesmo sei o que é, não conheço e nem sei se existe. Um perfume que ninguém conhece, um copo que se quebra, um amor que nunca tive. Um ‘’Eu te amo’’ verdadeiro que nunca ouvi. A carta que não recebi, o beijo que não ganhei, o aniversário que não comemorei. O encanto que se perdeu, o seu amor que já não é mais meu.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Grão de areia

Feito estrela se irrompe
Doce raio de luz
Me acorda me embala.
Me fascina, me conduz
Nem te conheço e te espero
Não te esqueço. Te quero
Pensamentos me incendeiam
Questionando pelo amanhã
Uma força que atrai
Uma dor que não sai
De um amor que sempre se vai
Mas, é se conformar.
Pois o futuro virá
E jamais fará
Uma estrela do céu
Virar uma estrela do mar.



Minha mãe escreveu quando tinha mais ou menos minha idade.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Número par.

A vida é complicada, porque nós complicamos tudo. E quem é que consegue não complicar as coisas afinal? Às vezes acabamos dando atenção pra coisas que não precisam, e no fim acabamos vendo que tudo aquilo nem era muita coisa, que não tinha importância alguma, não valia nem a metade do que você esperava que foi apenas uma perda de tempo... Nem tudo é como a gente quer, nem tudo é perfeito, porque nós não precisamos de tudo. Falaram-me uma vez que quem com sentimento fere, com sentimento será ferido. Acho que minha cota de sofrimento já deve ter se esgotado. Palavras às vezes podem atingir muito mais do que gestos se forem bem escritas. Às vezes fico tão sensível que o ar que eu respiro é capaz de me acordar e beijo de filme me fazer suspirar... Ou então a maior das chuvas, com raios, me fazer dormir. Será que você precisa de mim hoje? Precisa de um carinho? Uma palavra de amparo? Ou um resmungo? O que você precisa hoje pra se sentir bem? Diga-me... Porque eu, eu sei o que eu quero. Sinto muito se seus braços já não podem me alcançar. Eu gosto de questionar, porque nada é mais interessante e divertido do que ver você tentando sem sucesso algum. Você se olha, olha pros lados, e vê que não está mais sozinha, sente uma alegria em certo determinado período de tempo, e vê que estava enganada, porque agora é você e sua angustia... A única coisa que ainda te acompanha. Sua pele macia onde depositei meus mais sinceros beijos... Não sinto mais o mesmo prazer em ver você sorrir... Porque você se tornou chata, sem graça, previsível, se tornou igual, até os seus gemidos se tornaram iguais a todos os outros. Amor... Será mesmo necessário? Dizem que o amor fuma, bebe e vive drogado... Acho que ninguém precisa de algo assim. Por isso o larguei sozinho num lugar qualquer. Canto sem precisar de um acompanhamento, sorrio sem precisar de alguém pra sorrir comigo, ando sem precisar de companhia. Porque essas coisas fazem parte daquilo chamado amor. Amor? Nem me lembro mais o que é isso. Minha razão é saber que eu me basto. Amor é um jogo, e já foi mais fácil de jogar. Porém, meu orgulho nunca deixaria você livre pra que machuquem seu frágil coração, e ninguém poderá beijar seu corpo como eu beijei, ninguém poderá te amar como eu amei. Dia oito, um número par... Par é dois, par somos eu e você.

sábado, 7 de março de 2009

Um amigo esses dias me disse que com 15 anos já passei por tanta coisa... Quando tiver 19 vou dominar o amor na palma da minha mão. Ou então eu vou somar tanta dor, que amor e câncer pra mim serão as mesmas doenças.

Achei bonito.

domingo, 1 de março de 2009

''Hoje eu me suicido ingerindo sete caixas de anticoncepcionais. Apague esse gosto de pescoço da minha boca! E leve esses presentes que você me deu: Essa cara de pau, essa textura de verniz. Tire também esse sentimento de penetração, esse modo com que você me quis[...] Gente! Cadê minha alma que estava aqui? ''

Texto para uma Separação.
Não tenho medo de mentir, quando a verdade é pior que a maior mentira que eu já criei. Eu falo, eu faço, eu sou. Não tenho vergonha, não tenho papas na língua, e assumo tudo que eu faço. Me acho quando esqueço de tudo, quando não sei quem sou, quando tudo é nada, e quando eu sou mais eu, não mais você... Eu me perco em tantas mudanças, tantas informações instantâneas. Me perco em sentimentos, me perco pensando em pessoas, em você.

Sobre mim.

Parte do meu psicológico é meio afetado... Meu lado masculino é gay... Já vou avisando. Não que eu queira abraçar o mundo com as mãos, mas eu vivo procurando uma pseudo-filosofia-de-vida-coerênte, só que nunca achei. Amo alguém, mas não sei quem é. E não quero saber quem é quem ama acaba sofrendo demais, mas amo. Prefiro escolher a ser escolhida. Vivo com preguiça, de tudo, de todos, de mim. Gosto mais do cheiro do café do que do gosto. Adoro ser surpreendida. Sou anti-social, mal-educada (na grande parte do tempo) Tenho o linguajar inapropriado. Sou a figura do meu pai com suporte para seios. Não digo o que sinto, não sinto o que digo. Minha vida é um tanto quanto sarcástica. As vezes prefiro ir embora sozinha do que acompanhada. Nas segundas-feiras eu não acredito no amor, não acredito em nada.

Um negócio.

Não me finjo de fraca para que passe a mão na minha cabeça, porque eu sei que não preciso disso. Se eu precisar de ajuda, eu que me ajude, ninguém poderá fazer isso por mim, nem menos você. Você diz ser meu amigo, diz se importar, diz me amar. Mas você não se ama você não é meu amigo, você não se importa. Sou cada página rasgada de um livro. Eu beijo homens, mas ultimamente tudo que eu tenho feito é amar mulheres. Geralmente minha boca fala muito mais do que deveria... E ouço mais do que deveria também. Faço coisas erradas, pois isso é certo. Porque eu sou menos, menos do que a enorme carcaça que você vê... Um buraco negro, sem ser nada.

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