sábado, 9 de maio de 2009

Às vezes me bate uma nostalgia... Eu fico lembrando-se da tarde em que a gente ficou deitada assistindo filme, você tão perto de mim, eu podia sentir seu coração batendo no meu braço. Podia sentir a sua respiração no meu pescoço. Lembro do dia que dormimos juntos, você tão bonitinho dormindo, acordando no meio da noite só pra fazer suco de laranja pra mim porque eu estava doente. De você fazendo meu café da manhã no dia seguinte, preparando a coisa que eu mais gosto de comer de manhã. Saudade de você dizendo que eu o faço bem, saudade do seu cheiro, é o melhor cheiro que eu já senti um cheiro que eu nem sei explicar. Saudade de você me mordendo. Tenho saudade até das marcas que você deixava no meu corpo. O roxo da ultima mordida que você me deu já está até sumindo, sumindo junto com você. Do mesmo jeito que o roxo apareceu está indo embora. Doeu ao aparecer, dói muito mais ao ir. Às vezes sem querer, mas meio que querendo acabo vendo uma foto sua, e me dói. Acabo ouvindo aquela musica que você dizia que se lembrava de mim quando escutava, e me dói. Fico ouvindo a musica pra que ela esteja sempre viva aqui, não que isso seja preciso, mas eu gosto da sensação que ela me trás. Saudade de você cantando ''to com saudade de você debaixo do meu cobertor''. E do mesmo jeito que você apareceu, está indo embora. Rápido, sem deixar rastros. Faz tão poucos dias que você se foi, e eu já sinto um aperto no peito como se me faltasse alguma coisa, como se faltasse uma parte de mim, um pedaço, um órgão vital. Não entendo porque você desiste da caminhada na primeira pedra que encontra no caminho. Esse seu orgulho que me mata, sua frieza que me mata aos poucos. Sinto-me despedaçada... Só espero que um dia eu consiga achar cada pedaço de mim que se perdeu quando você partiu. O pior é saber que esta dor está apenas começando. Definitivamente amor e câncer são as mesmas doenças pra mim. E fico pensando nessas coisas e muitas outras, e pensando no quanto me dói saber que são coisas que talvez nunca mais voltem. Você levou contigo minha vida, levou contigo a beleza das coisas mais simples da vida, nem beijo de cinema me faz mais suspirar. Música nenhuma me dá vontade de dançar. E eu terei de sofrer calada, sozinha. Deitar minha cabeça no travesseiro todas as noites, acordar e fingir que tudo está bem. Sorrir quando minha maior vontade é de chorar. Responder aos ''bom dia'' que são dados. E responder que está tudo bem quando alguém na rua perguntar. Terei todos os dias à sensação de que me falta algo, que perdi algo... Até esquecer o que é, e sem querer, lembrar de novo. Sensação de perder uma coisa que nem tive por completo. Será que podemos afinal perder uma coisa que nunca tivemos? Te perdi, e acabei me perdendo também.

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